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terça-feira, 1 de março de 2011

SIMPLICIDADE,FELICIDADE

  Simplicidade... Simplicidade...
Ser como as rosas, o céu sem fim,
a árvore, o rio... Por que não há de
ser toda gente também assim?

Ser como as rosas: bocas vermelhas
que não disseram nunca a ninguém
que têm perfumes... Mas as abelhas
e os homens sabem o que o que elas têm!

Ser como o espaço, que é azul de longe,
de perto é nada... Mas quem o vê
— árvores, aves, olhos de monge... —
busca-o sem mesmo saber porque.

Ser como o rio cheio de graça,
que move o moinho, dá vida ao lar,
fecunda as terras... E, rindo, passa,
despretensioso, sempre a cantar.

Ou ser como a árvore: aos lavradores
dá lenha e fruto, dá sombra e paz;
dá ninho às aves; ao inseto flores...
Mas nada sabe do bem que faz.

Felicidade — sonho sombrio!
Feliz é o simples que sabe ser
como o ar, as rosas, a árvore, o rio:
simples, mas simples sem o saber!





 




Sexta feira  levei a minha turminha pela primeira vez no parquinho da escola.
Foi lindo de ver a felicidade estampada no rostinho de cada um... Fiquei encantada com a felicidade que sentiram ao experimentar uma novidade tão simples. Nós adultos podemos até falar algo do tipo "criança é tão bobinha..." Bobinha? Bobinha nada! Elas é que sabem aproveitar o lado simples da vida. Pena que a gente cresce e acaba se esquecendo de dar valor às coisas simples da vida. Por isso que comecei este post com a poesia de GUILHERME DE ALMEIDA, pois acho que ela retrata de forma simples e verdadeira o que realmente é a felicidade.

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