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quarta-feira, 26 de janeiro de 2011

Textos de reflexão para reuniões

Mais uma sugestão para as suas reuniões...


O NOME DA ROSA. Durante meu primeiro ano da faculdade um certo professor nos deu um questionário. Eu era bom aluno e respondi rápido a todas as questões até chegar à última: "Qual o primeiro nome da mulher que faz a limpeza da escola?".
Sinceramente, isso parecia uma piada. Eu já tinha visto a tal mulher várias vezes. Ela era alta, cabelo escuro, lá pelos seus 50 anos, mas como eu ia saber o primeiro nome dela?
Eu entreguei meu teste deixando essa questão em branco. Um pouco antes da aula terminar, um colega perguntou se a última pergunta do teste ia contar na nota.
"É claro!", respondeu o professor. "Na sua carreira, você encontrará muitas pessoas. Todas têm seu grau de importância. Elas merecem sua atenção, mesmo que seja para dirigir-lhes um simples 'bom dia'. Um bom profissional é, antes de tudo, uma boa pessoa, e uma boa pessoa não ignora ninguém. Principalmente aquela que limpa o chão que você suja todo dia."
Eu nunca mais esqueci essa lição e também acabei aprendendo que o primeiro nome dela era Dorotéia.

PÉ PRA TRÁS, CABEÇA PRA FRENTE.
Um médico chamado Jaime Smith era a favor da eutanásia. Certa vez foi chamado para fazer um parto muito difícil, numa casa muito pobre. Após várias horas de trabalho, nasceu um menino. Mas, viu que ele tinha um pé para trás. Imediatamente pensou: "Esta senhora é muito pobre e já tem 8 filhos, como é que esta criança vai se desenvolver neste estado de pobreza? Se eu der uma injeção nesse bebê agora e matá-lo vou acabar com todos os problemas que eles poderiam ter".
Então tirou da maleta uma seringa e a preparou. Quando já ia aplicá-la na criança, escutou uma voz que dizia: "Quem é você para decidir o destino desta criança? Com que direito você quer tirar uma vida?”
Apavorado, largou a seringa, receitou alguns remédios e foi embora.
Passaram-se alguns anos. Num certo dia sua filha foi com o esposo a uma festa. Ao retornarem, começou a chover. O carro derrapou e bateu, matando a ambos. O médico passou então a cuidar da neta, a única pessoa da família que lhe restara.
Quando esta tinha 3 anos, adoeceu de uma enfermidade sem cura. Aí começou uma verdadeira correria para ver se a salvava. Procurava com vários colegas de todas as partes do mundo uma solução para o problema da neta e não conseguia a cura. Até que um dia, conversando com um colega, este lhe disse que tinha ouvido falar de um médico de uma cidadezinha do interior que estava fazendo experiências muito avançadas sobre a tal doença.
Imediatamente pôs-se a caminho para conhecê-lo. Chegando à tal cidadezinha, o colega explicou-lhe que as experiências ainda eram iniciantes, sem garantia de cura. O Dr. Jaime Smith resolveu arriscar assim mesmo e começou o tratamento, o qual, felizmente, foi coroado de êxito. Ao final, agradeceu o colega: "Sinceramente, não sei como pagar por tudo o que você fez pela minha neta". O médico simples do interior então lhe diz: "Lembra de um parto difícil que o Sr. fez numa cidade muito pobre, numa mulher de idade, cujo bebê nascera com um pé para trás? Pois é, Dr., sou eu aquele bebê. Foi o Sr. que me trouxe ao mundo. Por isso é que tenho o nome de Smith. É em sua homenagem. Por isso não precisa me agradecer de nada.


O BESOURO É SURDO. Você já ouviu falar algo a respeito do título desta mensagem? Alguns cientistas dizem que o besouro voa porque é surdo. Sim, dizem, se ele pudesse ouvir e entender a linguagem dos homens, compreenderia que suas asas e a anatomia do seu corpo não formam um conjunto harmonioso e predisposto a voar. Mas, o fato é que ele voa. Desconhece os limites que as pessoas lhe impõem e segue adiante em suas tresloucadas aventuras aéreas. Paga o preço por sua audácia e bate-se o tempo todo nos lugares por onde passa. Mas, voa.
Um dia nasceu um menino. Muitos irmãos já o esperavam; e, claro, mais um na família era uma preocupação a mais para quem já dava duro para alimentar tantas bocas. E muitos filhos significava pouco afeto, reconhecimento ou incentivo.
O tal cresce carente do amor essencial à estruturação do corpo e do espírito, e logo vê-se às voltas com violentas depressões. A infância e adolescência são turbadas: trabalha na roça do pai, engraxa sapatos, vende picolés (às vezes em pleno inverno), caqui, doce-de-abóbora e um monte de coisas para ajudar nas despesas. Um dia, a miserável família desmantela-se toda: o pai vê sua empresa quebrar e foge da cidade com a família. Logo vê-se ameaçado de prisão por causa de um tremendo mal-entendido, e acaba "emprestando" os filhos a parentes próximos. O garoto vai trabalhar gratuitamente como empregado doméstico numa outra cidade e acaba perdendo de vista toda a família. O sofrimento torna-se insuportável. Então, para não naufragar, passa a ter em Jesus o consolo que sua mãe lhe ensinara a buscar. Cristão dedicado, alimenta-se das porções de fé que os poucos momentos passados na igreja lhe proporcionam.
Mas, pessoas são carne e espírito, e embora este segundo aspecto fosse bem vivido, não se podia dizer o mesmo do primeiro. A solidão, as duras condições de vida e a carência de afeto haveriam de causar-lhe feridas profundas e amargas que lhe renderiam 7 empregos em apenas 7 anos de trabalho, além de 12 frustradas tentativas de namoro. Ruim, não?
Mas, Deus usava desse sofrimento para prepará-lo para uma vida diferente, pois ninguém cresce na alegria, diz a Bíblia; apenas o sofrimento ensina. Na aflição de dar sentido à sua vida, buscava tão profundamente as coisas que lhe apareciam pela frente - oratória, ensino escolar, psicologia, teologia, filosofia, afetividade, etc. - que forma em si uma considerável bagagem de conhecimentos que haveriam de nortear a sua vida para sempre, e, por conseqüência, a de muitos outros. Mesmo pobre, esforça-se para derrubar as barreiras que contra ele se impõem no dia-a-dia. E, na maioria das vezes, consegue! Uma vez, por exemplo, um padre pergunta-lhe se conhecia alguém que gostaria de estudar Comunicação Religiosa na França mediante uma bolsa de estudos. "Conheço: eu", respondeu. Aí o padre pergunta se ele falava francês. Respondeu que não, mas que aprenderia. Aprende. Um ano depois está em Paris. Aprende ainda italiano, destaca-se com louvor no curso entre os alunos do mundo todo, ganha espaço para ir ampliar seus estudos em estágios nos locais de trabalho dos professores europeus - como Suíça, Espanha, Portugal e Itália -, sempre falando a língua desses países. E o garoto pobre que um dia capinara na roça agora visitava o Louvre...
Voltando ao Brasil, vai para um seminário. Não dá certo, sai, arrenda a Rádio Católica da Diocese para fazer programas sobre Jesus, entrega a rádio sem ter conseguido nem audiência nem lucro, arrisca mais uma namorada (já que para padre não servia), e assim vai - como o besouro, a todos os lugares, sem conseguir ir a lugar nenhum. Chora, angustia-se, morre de pena tanto de si como das pessoas que sofrem, consome-se de zelo pelos afastados de Deus, ajuda todos os que pode, torna-se um empresário razoavelmente bem-sucedido na cidade em que trabalha, mas o coração continua vazio. Cansado, aos 33 anos desiste de Deus e da vida. Pensa no suicídio.
Uma ocasião, então, depois de 3 anos afastado de Deus e da igreja, conhece um casal de evangélicos que lhe mostra um "outro" Deus - na verdade, a figura de Jesus Cristo - e o conduz de volta ao Pai, agora numa igreja diferente, com gritos de "aleluia" e "glória a Deus". Assusta-se, mas, como sempre, recompõe-se, insiste, supera as barreiras e acaba por assumir a nova vida, não sem grandes lutas (como a de perder todos os amigos católicos que agora passam a rejeitá-lo).
Um dia, finalmente(!), casa-se com uma evangélica. Depois, monta um grupinho com dois ou três empresários para estudar a Bíblia uma vez por semana (no fundo queria companhia, porque a Bíblia conhecia de cor), aí o grupo cresce, divide-se em dois, cresce novamente, divide-se outra vez, até que atinge a marca de mais ou menos 300 empresários alcançados pela sua maneira peculiar de ensinar a vontade de Deus: alegre, doce e respeitadora da fé alheia. Hoje, entre outras coisas, gosta de escrever e enviar e-mails falando de Jesus. Como este para você... Sim, sou eu esta pessoa.
Caro leitor, sempre quis escrever este texto. Mas, temia que pensassem que eu estivesse querendo coroar-me, contando vantagens acerca da minha vida e maneira de ser. Mas, não é: ao contrário, sempre digo que não preciso da admiração das pessoas, apenas do seu respeito. Um dia escrevi algo e gostaram. Então, passei a escrever sempre. Só isso.
O besouro voa mal. E eu sou um cara sofrido pra caramba. Estão aí duas verdades irrefutáveis. Só que eu e ele nos fazemos de surdos. Pessoas passaram a vida dizendo que eu nunca daria certo (uns, dizem até hoje). Deus, porém, em Sua palavra, diz que eu sou uma bênção. Amou-me, deu-me forças para agüentar o tranco e aí estou. Por isso ajo como o besouro e tento voar: escrevo a ti, aos jornais, faço reuniões com toda espécie de gente para falar (bem) da vida e de Deus, prego nas casas de pessoas que me convidam e em igrejas, sempre esforçando-me para manter-me em pé, apesar de tudo. E é justamente quando as dores do passado mais machucam meu coração que começo a escrever mensagens como esta. Quando o diabo quer me derrubar, dizendo: "Ei, você não sabe voar! É, isso mesmo: você não pode voar!", aí é que me levanto e vôo novamente. Saio por aí batendo-me pelas paredes - e isso dói, pois não é fácil acreditar sempre -, mas, como disse, faço-me de surdo e prossigo.
No fundo, com esta longa mensagem, queria encorajar pessoas dizendo que elas são uma bênção. Se você não acredita nisso, tudo bem. Mas que você é uma bênção, isso é. Portanto, coragem. Se até o atrapalhado besouro e eu conseguimos "voar", então todos podem. Não conheço ninguém mais atrapalhado do que eu para falar das coisas do céu. Mas, falo. Por isso, se você está no chão, pare de ouvir os outros e levante-se. Arrisque-se. Mande ver, pois você é uma bênção! Pare, como eu parei, de olhar as asas feias e voe. Se você precisasse de lindas asas, Deus lhas teria dado. Porque Ele é justo e é amor. E é porque do jeito que somos — e não como queremos ser — que nos tornamos importantes para os outros.
Feche os ouvidos para os homens e abre-os para Deus.


O COPO DE LEITE. Um dia, um rapaz pobre que vendia mercadorias de porta em porta para pagar seus estudos, viu que só lhe restava uma simples moeda de dez centavos e tinha fome. Decidiu que pediria comida na próxima casa. Porém, seus nervos o traíram quando uma encantadora e jovem mulher lhe abriu a porta. Em vez de comida, pediu um copo d'água. Ela notou que o jovem parecia faminto e assim deu-lhe um grande copo de leite. Ele bebeu devagar e depois lhe perguntou:
- Quanto lhe devo?
- Não me deves nada - respondeu ela. E continuou: - Minha mãe sempre nos ensinou a nunca aceitar pagamento por uma oferta caridosa.
Ele disse:
- Pois agradeço-lhe de coração.
Quando Howard Kelly saiu daquela casa, não só se sentiu melhor fisicamente, como também sua fé em Deus e nos homens se fortaleceu. Ele já andava resignado a se render e a deixar tudo, tão desmotivado estava.
Anos depois, essa mulher ficou doente de uma rara enfermidade. Chamaram um médico especialista para estudar seu caso, o Dr. Howard Kelly. Quando ele ouviu o nome do povoado de onde ela viera, uma estranha luz encheu seus olhos. Imediatamente, vestido com a sua bata de doutor, foi ver a paciente. Reconheceu na hora a mulher que um dia lhe havia dado um copo de leite. Determinou-se a fazer o melhor para salvar aquela vida, passando a dedicar atenção especial à paciente.
Depois de uma demorada luta pela sua vida, ganhou a batalha. Então ele pediu à administração do hospital que lhe enviasse a fatura dos gastos para aprová-la. Ele a conferiu, depois escreveu algo na folha e mandou entregá-la no quarto da paciente.
Ela, vendo o envelope, tinha medo de abri-lo, porque sabia que levaria o resto da vida para pagar todos os gastos. Mas, finalmente leu a fatura. No seu rodapé estava escrito o seguinte: "Totalmente pago há muitos anos com um copo de leite. (assinado) Dr. Howard Kelly."
Lágrimas de alegria correram de seus olhos e seu coração feliz orou agradecido a Deus.

ADVERSIDADES. Ela era uma garota que vivia a se queixar da vida. Tudo lhe parecia difícil e se dizia cansada de lutar e combater. Seu pai, que era um excelente cozinheiro, a convidou, certo dia, para uma experiência na cozinha. Tomou três panelas, encheu-as com água e colocou cenouras em uma, ovos em outra e pó de café na terceira. Deixou que tudo fervesse, sem nada dizer. A moça suspirou longamente, imaginando o que é que seu pai estava fazendo com toda aquela encenação. Depois de tudo fervido, o pai colocou as cenouras e os ovos em uma tigela e o café em outra.
- O que você está vendo? - perguntou.
- Cenouras, ovos e café - respondeu ela.
Ele a trouxe mais perto e pediu-lhe para experimentar as cenouras. Ela notou como as cenouras estavam macias. Tomando um dos ovos, quebrou a casca e percebeu que estava duro. Provando um gole de café, a garota sentiu o sabor delicioso. Voltou-se para o pai, sorriu e indagou:
- O que significa tudo isto, papai?
- É simples, minha filha. As cenouras, os ovos e o café ao enfrentarem a mesma adversidade, a água fervendo, reagiram de formas diferentes. A cenoura entrou na água firme e inflexível. Ao ser submetida à fervura, amoleceu e se tornou frágil. O ovo era frágil. A casca fina protegia o líquido interior. Com a água fervendo, se tornou duro. O pó de café, por sua vez, é incomparável. Colocado na água fervente, ele mudou a água.
Voltando-se então para a filha, perguntou-lhe:
- Como é você, minha filha? Quando a adversidade bate à sua porta, você reage como a cenoura, o ovo ou o café? Você é uma pessoa forte e decidida que, com a dor e as dificuldades, se torna frágil, vulnerável e sem forças? Ou você é como o ovo: delicada, maleável, casca fina, que se rompe com facilidade? Ao receber as notícias do desemprego, de uma falência, da morte de um ser querido, do divórcio, você se torna dura, inflexível? Quanto mais sofre, mais obstinada fica, mais amarga se torna, encerrada em si mesma? Ou você é como o café, que muda a água fervente, motivo da dor, para conseguir o máximo de seu sabor, a cem graus centígrados? Quanto mais quente a água, mais gostoso se torna o café, deliciando as pessoas com o seu aroma e sabor. Se você é como o pó de café, então, quando as coisas vão ficando piores, você se torna melhor e faz com que as coisas em torno de você também se tornem melhores.
E completou:
- A dor, em você, tem a possibilidade de torná-la mais doce, gentil, com mais capacidade de entender a dor alheia. Afinal de contas, minha filha, como é que você enfrenta a adversidade?

O CEGO E A PAREDE. Dois homens, ambos gravemente doentes, estavam no mesmo quarto de hospital. Um deles podia sentar-se na sua cama durante uma hora, todas as tardes, para que os fluidos circulassem nos pulmões. Sua cama estava junto da única janela do quarto. O outro homem tinha de ficar sempre deitado de costas.
Os homens conversavam horas a fio. Falavam das suas mulheres e famílias, das suas casas, dos seus empregos, onde tinham passado as férias... E todas as tardes, quando o homem da cama perto da janela se sentava, passava a descrever ao seu companheiro todas as coisas que conseguia ver do lado de fora.
O homem da cama do lado vivia à espera desses períodos de uma hora, pois o seu mundo era alargado e animado por toda a atividade e cores do mundo de fora da janela, a qual dava para um parque com um lindo lago. Patos e cisnes chapinhavam na água enquanto as crianças brincavam com os seus barquinhos. Jovens namorados caminhavam de braços dados por entre as flores de todas as cores do arco-íris. Árvores velhas e enormes acariciavam a paisagem e uma tênue vista da silhueta da cidade podia ser vista no horizonte. Enquanto o homem da cama perto da janela descrevia isto tudo com extraordinários pormenores, o homem no outro lado do quarto fechava os olhos e imaginava a pitoresca cena.
Um dia, o homem perto da janela descreveu um desfile que por ali passava. Embora o outro homem não conseguisse ouvir a banda, conseguia vê-la e ouvi-la na sua mente, enquanto o outro a retratava através de palavras bastante descritivas.
Dias e semanas se passaram. Uma manhã, a enfermeira chegou ao quarto trazendo água para o banho dos dois e encontrou sem vida o corpo do homem perto da janela, que falecera calmamente enquanto dormia. Ela ficou muito triste e chamou os funcionários do hospital para levarem o corpo.
Logo que lhe pareceu apropriado, o outro homem perguntou se podia ser colocado na cama perto da janela. A enfermeira disse que sim, e fez a troca. Depois de se certificar de que o homem estava bem instalado, a enfermeira deixou o quarto. Lentamente, e cheio de dores, o pobre homem então ergueu-se, apoiado nos cotovelos, e olhou para o lado de fora da janela... que dava, afinal, para uma enorme parede de tijolo!
Então o homem perguntou à enfermeira:
- O que teria levado o meu falecido companheiro a descrever-me coisas tão maravilhosas do lado de fora, se tudo o que ele via eram tijolos?
A enfermeira respondeu:
- Meu bom homem, nem sequer tijolos ele via. Ele era cego. Talvez estivesse apenas querendo infundir-lhe coragem...


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